Economia verde

Há tempos a sustentabilidade deixou de ser uma moda passageira para ser uma atitude cada vez mais presente em nossa sociedade. Com ela, não é apenas a natureza quem ganha. Utilizar com inteligência os recursos geralmente tem como resultado um impacto positivo nas finanças.

E como em condomínios economizar com inteligência é uma das poucas unanimidades, o SíndicoNet elegeu cinco medidas possíveis de serem implantadas sem grandes esforços – no máximo, a necessidade de aprovação em assembleia -, que geram ganho ambiental e economia, mesmo que em longo prazo. Veja:

1 – Sensor de presença nos elevadores

O elevador é um equipamento que, dependendo da idade, pode ser um dos principais fatores de gasto de energia elétrica no condomínio. Se sua luz interna for do tipo incandescente e ficar acesa 24h por dia, pode representar até 60% do gasto de energia do elevador. Um sensor de presença aliado a lâmpadas mais econômicas (fluorescentes ou LED) pode diminuir consideravelmente o peso do elevador na conta de luz.

O uso do sensor de presença já diminuiria muito o consumo de energia no elevador. Se a lâmpada utilizada for de LED pode chegar a consumir apenas 10% do que um equipamento incandescente, utilizado o dia todo. Mesmo que caras, lâmpadas de LED representam um ganho considerável para o condomínio em médio prazo. Saiba mais abaixo

Por questões de segurança, recomenda-se que fique ao menos uma lâmpada acesa constantemente para evitar que se entre no elevador totalmente escuro, quando não há ninguém nele.

2 – De olho no relógio

A inspeção predial é uma das chaves para manter a conta de água do condomínio sob controle – e ao mesmo tempo, evitar o desperdício do insumo. Por isso, é de suma importância estar a par do consumo médio diário do condomínio.

Para isso, o zelador deve controlar o relógio de água diariamente. Dessa forma, quando houver um aumento repentino no consumo,o mesmo será facilmente identificável e mais rápido de se resolver, evitando que a “surpresa” chegue junto com a conta de água.

3 – Arejadores nas torneiras e descarga de duas fases

Uma pequena peça que acoplada às torneiras e mangueiras pode economizar até 50% de água.  Os arejadores não são caros e o retorno que proporcionam ao condomínio é imediato. Para diminuir ainda mais o consumo de água nas áreas comuns, vale também promover campanhas de conscientização com funcionários e moradores.

Dessa forma, a água é usada com cuidado, gastando menos e sem comprometer o cuidado com as áreas comuns.

Também ajuda a economizar água válvulas de duas fases para descarga de sanitários. Se utilizada corretamente, o item pode alcançar economia de 50% da água nas descargas.

4 – Lâmpadas de LED

As lâmpadas do tipo LED podem representar uma enorme economia para o condomínio. Mas apresentam um problema logo de entrada: sua aquisição. Enquanto uma lâmpada fluorescente de 11W e 110V custa em média R$ 17*, uma LED do mesmo tipo chega a valer R$ 70 – quatro vezes mais.

Com lâmpadas de LED, a economia na conta de luz das áreas comuns pode chegar a 60%.

Então, trocar todas as lâmpadas do condomínio, de uma vez, por outras quatro vezes mais caras é uma ação quase proibitiva para a maioria dos residenciais.

Uma alternativa é ir trocando aos poucos as lâmpadas antigas, sejam elas incandescentes ou fluorescentes pelas de LED.

Importante lembrar que se a decisão acarretar em aumento na cota condominial, a mesma deve ser aprovada em assembleia.

Outra opção é buscar um financiamento para a aquisição do equipamento. A Empresta Capital, empresa especializada em créditos para condomínios, oferece um produto voltado justamente para lâmpadas do tipo.

Dependendo do tamanho do condomínio, o investimento pode se pagar em apenas um ano.

5 – Inspeção nas unidades

Uma ou duas vezes por ano, o condomínio pode contratar uma empresa para visitar as unidades e detectar possíveis vazamentos, ou instruir o zelador a procurar por esses focos de desperdício.

É muito grande o número de unidades com pequenos vazamentos contínuos, como os de sanitários com descargas ou de torneiras pingando.

Nesse caso, em que  o funcionário irá entrar na unidade, é importante que os condôminos sejam avisados com antecedência. Se a opção for pela empresa especializada, a mesma também deve aprovada pela maioria em assembleia. Após as inspeções, a conta de água das unidades pode chegar a diminuir até 30% – uma economia bastante significativa.

Água da Chuva

Outra mais medida viável e mais acessível do que se imagina é aproveitar a água da chuva, já que a maioria das edificações conta com reservatórios de escoamento para águas pluviais. Apesar disso, boa parte dos síndicos desconhece a existência desse reservatório ou não pensou nessa possibilidade.

“Muitos empreendimentos já contam com um reservatório para a água da chuva. O que acontece é que, atualmente, essa água é bombeada para fora do condomínio, para a rua. E é possível alterar essa saída para dentro do condomínio, para usar essa água na limpeza das áreas comuns e na rega das plantas”, ensina Alexandre Furlan, do Instituto Muda.

A obra é relativamente simples (veja imagens do fim desta matéria). Ao invés de bombear a água coletada para fora do condomínio, a mesma é levada, através da bomba e de um novo encanamento, para os pontos onde será usada, como torneiras das áreas comuns onde se acoplam mangueiras – seja para limpeza ou para molhar as plantas, por exemplo.

Vale lembrar que, para fins de votação, essa obra pode ser considerada necessária, uma vez que o quadro atual de falta de água pede cuidados que não podem ser adiados. (saiba mais sobre aprovação de obras em assembleias)

A economia estimada em um sistema desse tipo é de até 20% a 30% na água utilizada nas áreas comuns.

Nos empreendimentos que não contam com reservatório, o primeiro passo é pedir orçamentos de empresas especializadas.

É fundamental que a prestadora de serviços tenha um engenheiro em seu quadro de funcionários, uma vez que, muito provavelmente será necessária uma ART para as alterações que deverão ser feitas no local. Para que o sistema seja viável, o condomínio deve contar com, no mínimo, espaço para mais uma caixa d´água – além do sistema de captação da chuva, que, geralmente aproveita as calhas que já estão instaladas na edificação. O custo parte de cerca de R$ 20 mil por torre.

Fonte: Síndiconet 

Economia verde

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